Será que você está cobrando o preço justo pelo seu produto?

No preço de cada produto, existem muito mais coisas do que aquilo que vemos. Por isso, o seu preço final deve incluir o seu esforço, gastos com energia, impostos, aluguel, custos com divulgação… A verdade é que essa lista é bem grande!

Sem sombras de dúvida, precificar corretamente é um dos maiores desafios enfrentados por nós, empreendedores. Isso acontece porque, muitas vezes,  não temos tão claro nossos custos e despesas de produção. Ou seja, tudo aquilo que você precisa pagar para oferecer o seu trabalho.

Antes de precificar o seu produto, você precisa ter em mente que a precificação deve ser também estratégica, ela vai ter um grande papel no sucesso da sua marca.

Afinal, a precificação influencia não apenas no estabelecimento de um preço competitivo, mas também no valor de mercado e na atratividade da sua marca hoje e no futuro.

Precificação para pequenos negócios

Um erro muito comum cometido por quem está começando um pequeno negócio é colocar um preço muito baixo, que pode até ser competitivo, mas acaba não sendo justo e sustentável porque não considera todos os custos de produção.

Por exemplo, o empreendedor que começa o negócio em casa, com uma produção pequena. Provavelmente, esse empreendedor não vai colocar na conta custos como aluguel, eletricidade, internet.

No entanto, quando a empresa crescer, vai ser necessário aumentar e profissionalizar a produção e esses custos acabam aumentando. É natural, então, que todos esses custos sejam incorporados no produto, certo?

O problema é que, se você começa com preços muito baixos, muitas vezes  os clientes não vão estar dispostos a pagar o novo preço. Por isso, a gente pode até começar pequeno, mas precisa sempre começar já pensando grande.

Ao priorizar a qualidade, o preço justo e a fidelização do cliente, o que começou com uma renda extra, pode virar um negócio e tornar-se a renda principal.

Já deu para entender a importância de cobrar um preço justo desde o começo, né?

Passo a passo para uma precificação justa

O segredo da precificação é achar um valor justo e equilibrado. Isso quer dizer que o preço não pode ser alto a ponto de desestimular a compra, mas deve ser alto o suficiente para cobrir todos os custos e gerar lucro.

Em outras palavras, o seu preço deve equilibrar as despesas do seu negócio, gerar lucro e ser atrativo para os consumidores.

Confira abaixo como fazer isso:

• Calcule o custo por unidade

O primeiro passo é descobrir exatamente quanto você gastou para produzir ou comprar cada unidade dos seus produtos.

Você precisa colocar na conta o preço da matéria-prima, o tempo de produção, o custo de distribuição, mão-de-obra, embalagem, etc.

• Coloque tudo o que você gasta no seu negócio na ponta do lápis

Ná calcular bem todas as despesas do negócio é um dos erros mais comuns na formação de preço e é também um dos mais perigosos porque pode resultar em prejuízo.

Aqui você precisa contabilizar todos os seus custos e despesas, fixos e variáveis.

Os custos e despesas fixos são aqueles que não variam em função do volume vendido. Ou seja, é o que você precisa pagar todos os meses, independente da sua produção, como, por exemplo, o salário dos seus colaboradores, o aluguel, a internet, alguns impostos.

Já os variáveis, são esporádicos e dependem das vendas e da produção.

Esse é um tema complexo, por isso, preparei um texto inteirinho sobre ele. Confira aqui.

• Conheça sua margem de contribuição

Vejo muitos empreendedores que não conhecem o termo margem de contribuição e por isso acabam não trabalhando com uma precificação correta.

De maneira resumida, a margem de contribuição é quanto de cada produto contribui para os pagamentos das suas despesas e seus custos fixos. É um valor calculado depois que excluímos os custos e as despesas variáveis para a produção do produto ou realização do serviço.

Ou seja, o preço do seu produto deve incluir não apenas os gastos e despesas relacionados com a produção, mas também aqueles necessários para manutenção do seu negócio.

Quer saber mais? Confira aqui.

• Estude o mercado

Até agora falamos dos aspectos internos que determinam o preço do seu produto. Mas a sua precificação não pode estar descolada da realidade.

Por isso, você precisa estudar a sua concorrência: quanto cobram, quanto vendem, quem é o público.

• Cuidado com as perdas e o desperdício

Cuidado com os desperdícios e as perdas nos processos.